Estudos consolidam inovações que prometem revolucionar a forma com que cuidamos de nossa saúde
Que tal inserir um robô na corrente sanguínea, capaz de monitorar a saúde e ministrar medicamentos? Ou voltar a andar com ajuda de uma máquina ativada pelo cérebro? E quem sabe receber um órgão criado em uma impressora 3D?
Os cenários descritos acima ainda não fazem parte de nossa realidade, mas a ciência caminha a passos largos para viabilizar um universo de novas tecnologias aplicadas à medicina. Cuidar da saúde deve se tornar uma tarefa mais fácil com esses novos mecanismos. Veja abaixo como andam as pesquisas para implementar algumas das mais importantes inovações na medicina.
Nanorrobôs na corrente sanguínea
São animadores os avanços em estudos com nanorrobôs, tão pequenos que são capazes de transitar pelos vasos sanguíneos. Se seguirem o caminho promissor das pesquisas atuais, indicam mudanças radicais na forma com que tratamos doenças e cuidamos de nosso corpo.
Presidente do Centro para Automação em Nanobiotecnologia e professor na Universidade Central de Washington (EUA), Adriano Cavalcanti cita diversas aplicações possíveis para os nanorrobôs. Eles podem servir para monitorar a saúde de um paciente, auxiliar na realização de um procedimento cirúrgico e no tratamento de doenças como câncer e diabetes, entre outros problemas.
Programar os nanorrobôs e entender como transitam pelo corpo é uma tarefa que exige tecnologia de ponta, como o software Nanorobot Control Design (NCD), desenvolvido por Cavalcanti. O pesquisador compara o programa aos utilizados na indústria de carros e aviões, que faz simulações e modelagem computacional dos produtos antes de produzi-los. No caso do NCD, são usados parâmetros físicos e dados clínicos para a modelagem.
Uma vez programados, os “médicos” de tamanho milhares de vezes menor do que um fio de cabelo podem, por exemplo, servir como transportadores de medicamentos. Para Guilherme Rabello, engenheiro e gerente comercial e de inteligência de mercado do InovaInCor, núcleo de projetos de inovação do InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), é a aplicação com tecnologia mais madura para se popularizar. “Os nanorrobôs estão sendo utilizados para serem direcionados e efetivos no transporte de medicamentos. Temos aplicações como o direcionamento para tumores, com efetividade para reduzir a quantidade de drogas que são muito tóxicas e podem causar danos a células saudáveis”, analisa.
Criando uma íntima relação entre cérebro e máquina
Criar uma conexão entre os comandos que partem do cérebro e uma máquina pode ser a chave para que a medicina consiga fazer com que pessoas portadoras de deficiência voltem a andar. As pesquisas em interação cérebro-máquina (BCI, na sigla em inglês) avançam neste sentido, além de possuírem diversas outras aplicações.
Estudiosos suíços da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFF, na sigla em francês) conseguiram recentemente fazer com que um macaco com lesão medular que o impedia de movimentar a perna direita voltasse a mexer o membro. Isso foi possível pelo desenvolvimento de um aparelho colocado no cérebro dos macacos que recebe os sinais do córtex motor, a parte responsável por movimentar as pernas. Os sinais são enviados a um computador e, em seguida, decodificados em tempo real e levados a eletrodos colocados na coluna. Os eletrodos estimulam os nervos que dão o comando para as pernas se moverem. Processos semelhantes aplicados em humanos também já mostram resultados promissores.
Com sistemas mais ou menos parecidos com o suíço, sempre criando a ponte entre homem e máquina, os cientistas estreitam a relação entre nosso cérebro e diferentes aparelhos que podem, no futuro, reverter paralisias.
Vai um órgão novo aí?
Em artigo publicado na revista Nature Medicine, pesquisadores da Universidade San Diego deram ideia de como a tecnologia está próxima de se consolidar. Os cientistas criaram um trecho de medula espinhal com uma impressora 3D. O estudo foi particularmente importante por ter sido aplicado em um ser vivo. Ratos de laboratório com lesões medulares recuperaram os movimentos com a nova medula, que pode ser customizada para a lesão de cada paciente.
Assim como os pesquisadores americanos, outros estudiosos já fazem modelos de órgãos humanos que servem para o planejamento de procedimentos, mas, no futuro, com o amadurecimento da tecnologia, devem ser utilizados para transplantes.
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